Estudantes aprovam Estado de Greve para unificar o movimento

19/06/2012 23:24

 

Discentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Cuiabá, aprovaram Estado de Greve em Assembleia Geral realizada na última quinta-feira, 14. A justificativa para o termo seria a paralisação forçada do segmento a partir do momento em que os docentes entraram em greve, tornando desnecessária a deflagração da greve pelos estudantes. Segundo o Diretório Central dos Estudantes (DCE), mais de 150 pessoas assinaram a lista de presença da Assembleia.

A estratégia do movimento estudantil é construir uma Assembleia Geral Unificada entre discentes, técnicos e docentes, com proposta prévia de data para 26 de junho, para decretar Greve Geral na universidade e unificar a luta. Para isso, foi criado um Comitê de Mobilização a fim de articular esse movimento unificado. A primeira reunião deste grupo será na próxima segunda-feira, 18, às 18h30, no saguão do Instituto de Linguagens (IL).

A coordenadora do DCE e estudante de Medicina Veterinária Jéssica Cantarini explica que a posição da gestão é pela solidariedade em relação à greve dos técnicos e docentes, e um dos grandes objetivos é fazer com que os estudantes tenham consciência do que está sendo reivindicado pelas categorias. Uma articulação com o movimento nacional também sendo feita, e um representante será escolhido para viajar ao Rio de Janeiro e participar de reuniões com estudantes de outras universidades que estão na cidade para a Rio+20.

Uma pauta específica dos discentes está sendo construída pelos representantes de cada curso para que possa ser feita a negociação com a reitoria e, eventualmente, com o governo. “Alguns pontos já estão sendo debatidos com a reitoria, mas a maioria ainda não foi atendida, a exemplo daqueles que se referem à assistência estudantil”, explica a coordenadora. “Isso é importante porque com o ENEM há muitos estudantes de fora na UFMT, e eles precisam de auxílio para manter-se na cidade”.

Em busca da unificação

De acordo com o estudante Edzar Allen, membro do Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACIS),  a deliberação da Assembleia Geral foi confusa devido a um “desespero em construir uma greve”, mas o encaminhamento foi tático em relação à pequena quantidade de estudantes no campus. “A tentativa de construir uma Assembleia com docentes e técnicos é para respaldar as pautas gerais e específicas de cada segmento”, afirma.

O medo dos estudantes está relacionado à força de cada categoria. De acordo com os participantes, se docentes ou técnicos tivessem suas reivindicações atendidas pelo governo, discentes não terias condições de manter uma greve só deles. “Unidos faríamos maior pressão na reitoria quanto no governo federal, além disso, só sairíamos da greve quando os três segmentos ganharem algo”, explica Edzar.

Para a estudante de Serviço Social e integrante do Centro Acadêmico Cristiana Vasconcelos, tanto o movimento estudantil quanto os movimentos dos técnicos e docentes tem que “assumir a autonomia do movimento”, que iria além de gestões e diretorias, mas sim se centraria em objetivos políticos.  Em relação à Assembleia Geral Unificada, a estudante acredita que é necessária a “construção e unificação de lutas e pautas que tornem a universidade socialmente referenciada, pois o que se vê hoje é a má formação de mão de obra para o mercado de trabalho”.

fonte: Adufmat

Por Mariana Freitas, da Assessoria de Imprensa da Adufmat-S.Sind

 

 

 

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